As espécies exóticas invasoras estão presentes em pelo menos 103 unidades de conservação do Brasil, espalhadas por 17 Estados. São consideradas como a segunda causa de redução da biodiversidade no mundo, perdem apenas pela ação de destruição do ser humano. Apropriam-se do espaço, da água e dos alimentos das espécies nativas, numa competição pérfida, silenciosa e sem fronteiras.
As espécies exóticas invasoras são organismos (fungos, plantas e animais, assim como seres vivos microscópicos) que se encontram fora da sua área natural de distribuição, por dispersão acidental ou intencional.
Por meio do processo denominado contaminação biológica, elas se naturalizam e passam a alterar o funcionamento dos ecossistemas nativos. Historicamente, o maior responsável por seu aparecimento é a colonização européia nos demais continentes.
As campeãs de invasões, são as plantas coníferas do gênero Pinus, introduzidas no Brasil para produção de madeira de reflorestamento. Identificadas em unidades de Conservação das regiões Sul e Sudeste, são espécies que podem alterar a acidez dos solos e inviabilizar a sobrevivência de animais, entre outros impactos.
As outras líderes do ranking de invasões são o capim-braquiária, eucalipto, o lírio-do-brejo, a jaca e a uva-do-japão. Também figuram na lista animais como, caramujo-gigante-africano e javali.
No caso o caramujo-gigante-africano, molusco terrestre do nordeste da África, entrou ilegalmente no Brasil na década de 1980, como alternativa à criação de escargot que no caso não aderiu ao paladar brasileiro e então foi solto na natureza sem ao menos saberem o grau de destruição que faria posteriormente. Ele destrói plantações e também pode transmitir moléstias, como a angiostrongilíase (infecção causada por parasita e que pode levar crianças à morte).
Agora navios terão que mudar a água dos lastros à aproximadamente 200 milhas da encosta para assim se prevenirem de espécies exóticas invasoras.
A medida tem como objetivo evitar a contaminação do ecossistema marinho e terrestre natural com espécies exóticas, trazidas juntamente com a água de lastro das embarcações vindas de outros países.